Carmino [One-Shot]
Carmino [One-Shot]
Em uma cama pequena uma pessoa está deitada, de um jeito não muito confortável, junto de um animal peludo e pequeno, era um coelho.Em um quarto minúsculo e sem nada além de poeira e mofo.Quando ele vê pela única janela de sua casa que o sol estava quase batendo em seu rosto.Ele imediatamente levanta e pega de uma caixa qualquer uma folha de alface, e dá uma parte ao seu coelho, ele observa o coelho, dizendo:
-Acho que tá na hora de levantar.
-Bancar sua vida de rei tá ficando cada vez mais difícil.
Ele anda até a porta e abre ela um pouco para ver se tinha alguém na frente, pro seu azar tinha alguém observando ele na sacada da casa a frente, era uma criança que devia ter uns 11 anos de idade, ela satisfeita por ver o movimento da porta sai correndo até a outra casa alegre.O rapaz abriu a porta por completo e esperou o menino vir.Chegando perto da porta ele diz.
-Eu fiquei esperando você acordar a manhã inteira, agora já é meio dia.
-Ficou todo esse tempo me esperando?Porque não estava ajudando sua mãe?
-Eu preciso muito cuidar do coelhinho hoje, minha mãe tá muito doente pra conseguir comida pra mim.
-Cuida da sua mãe e fique com ele, só não esqueça de dividir a comida dele com vocês.
-Meu Deus...É Sério!?Ele diz isso com um sorriso olhando para o rapaz.
-Aham.A criança estava entrando na casa dele para buscar o coelho.
-Jeff, você é muito leg-
Antes do garoto sequer poder completar a frase, o rapaz o retribui com um tapa na bochecha do menino, sem nem sair do lugar e sem nenhuma pena ele encara o menino com um olhar severo e diz:
-Pare de ficar sorrindo e correndo por aí desse jeito, você não consegue se alimentar sozinho e a situação da sua mãe ainda está horrível.Ele não disse gritando ou em tom de reprovação, era um aviso que mais parecia uma ameaça.A criança não estava com raiva, e sim triste e um pouco mais focada, pois Jeff tinha a lembrado de sua situação, e que ela não havia de fato mudado.
-Manter...O foco, okay.
Jeff da mesma forma que acordou caminha pela cidade.A única vista que se tinha era de uma cidade caída em miséria, sendo absurdamente gigantesca e comprimida, cada casa e os poucos estabelecimentos eram muito apertados.As pessoas sempre viveram cientes disso tudo, mas aínda assim caminhavam suas vidas em meio a isso, apenas vivendo o seu dia a dia com seus rostos cansados e entediante, todos sempre estavam em alerta a qualquer tentativa de um ataque ou furto, pois a criminalidade de lá é tanta que é mais lucrativo roubar que trabalhar, acontia com muita frequência desde negócios ilícitos em pouca escala, até brigas em plena luz do dia, sem nenhuma figura de autoridade ou alguém para impedir.Mas mesmo com tudo isso Jeff percorre seu caminho normalmente.
Um homem de capuz passa correndo por ele com um pedaço de pau e tenta acerta-lo, quando mesmo Jeff nem estando com ele em seu campo de visão, o acerta em cheio na cara com um soco.Ele depois dessa tentativa de agressão diz.
-Não adianta cara, me atacando desse jeito você nunca vai conseguir ver minha habilidade.Já pode tirar o capuz.
Ele da a mão para o homem caído.E ele se levanta tirando o capuz.
-Caramba, mesmo eu sendo mais alto que cê e estando armado, você ainda consegue me derrubar.Essa sua habilidade nova deve ser mesmo bala.
Com o ar mais tranquilo da conversa, eles seguem andando juntos, pois ambos já se conheciam.
-Hey Jeff, com quem cê conseguiu isso?
Ele estava apontando para o pulso dele.Jeff segurando o pulso diz.
-Esse daqui eu tive que que roubar de uns caras barra pesada, tinham até armas de fogo, mas não deu tempo de eu pegar nenhuma.
-Deixa eu dar só uma olhada como é?
-Quer que eu te dê outro soco pra você ver melhor?Não posso perder esse daqui.
-Calma cara, todo mundo quer um desses nos últimos anos.
-E graças a eles que não temos mais segurança, só com um desses você consegue dormir a noite.
A conversa se desenrola em um tom mais descontraído eles chegam até onde queriam.Em frente a uma loja de conveniência local, onde ambos eram atendentes dali.Se arrumando em seu respectivos postos, com Jeff ficando perto da porta com um cano de metal, para um possível, e o outro no atendimento.Nos interiores daquele estabelecimento era difícil saber oque tinha mais, moscas ou comida estragada.Talvez seja por isso que ninguém pisava naquela loja a mais de duas horas.Apenas se ouvia o som das moscas e os passos de possíveis meliantes novos.Até o cara do balcão dizer:
-Hey Jeff...
-Lá vem...
-Porque em vez de cê trabalhar aqui, porque você não usa o seu *Carmine* pra algum bico?
-Nah, estou bem com esse emprego e o meu coelho.
-Se esse coelho fosse uma pessoa ela seria a mais rica da cidade.
-Ainda bem que acha isso, haha.
No desenrolar da conversa os dois em um desvio não notam um homem de estatura média em frente da janela os olhando.
-Jeff,minha mãe mandou perguntar se coelhos gostam de grama?Com o coelho dele nas mãos.
-Primeiro:Por que você não deixou ele na sua casa?E Segundo:Se ele Precisasse de grama porque eu ainda estaria trabalhando aqui?
-Tá bom,tá bom,eu já entendi.Ele se senta em um banco e coloca o coelho no chão.
-É que minha mãe tá fazendo alguma coisa por ai na cidade,e eu fico com muito medo sem ela.Mas com você eu fico seguro.
-Então é melhor você ficar aqui mesmo.Só não deixa ele fugir.
A criança finalmente aliviada,começa a pensar um pouco e nota algo...
-Jeff,eu nunca vi como o seu *Carmine* se parece,na verdade,você nunca falou muito sobre ele.
-Isso não é brinquedo,é apenas o meio que eu uso como defesa pessoal.
-Não entendi oque cê disse,pra mim eles são uns bichos pequenos que dão poderes irados.
-Não,eles são Criaturas frágeis que ficam no seu corpo a preço de seus nutrientes,mas em troca dão uma habilidade,como você disse "Irada".
-Eu queria ter uma também,você pode me emprestar a sua algum dia?
-Se quiser uma tem que dar seus pulo,porque essa aqui eu tive que dar uma parte do meu estômago.
-Que massa,oque ela faz?
-Se eu te contasse,você tentaria pegar mais ainda ela.
Um homem alto sai dos fundos da loja e diz:
-Mentir parece que é uma característica que vocês gostam muito,não é?Dizendo isso olhando seu relógio de pulso.
-É só contar pra ele logo,até eu estou querendo saber."Jefferson Oliveira Matos".
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